sábado, 27 de novembro de 2010
Precisamos combater o combate ao tráfico!
Mais um conflito entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, dessa vez com maior intensidade, mas nada de muito diferente, as pessoas com medo de sair nas ruas, bala perdida pra todo lado, e salve-se quem puder. Muitos traficantes estão sendo presos, a polícia está sendo mais incisiva porque os mesmos passaram dos limites dessa vez, tocaram fogo em vários veículos como represaria pela transferência de alguns presidiários traficantes.
Eu fico observando os cariocas na internet, sobretudo no twitter, falando que todo esse conflito é um mal necessário, que é preciso realmente combater o tráfico, e blá blá blá. Outros falando que a culpa de tudo isso é de quem sustenta o tráfico, inclusive o vlogueiro mais popular do momento, Felipe Neto. Os políticos a mesma coisa, sempre prometendo apertar o cerco contra o tráfico.
Será que os problemas se resolveriam combatendo o tráfico, ou as pessoas tomando “consciência” e parando de consumir drogas? Será que o tráfico de drogas é o cerne do problema? O que aconteceria se acabassem hoje com o tráfico? O que fariam os traficantes e todas as pessoas ligadas que vivem do processo? Iriam para as filas de empregos? Fariam concursos públicos? Pegariam o pouco que sobrou de capital e montariam um barzinho na esquina? Creio que não, a maioria esmagadora com certeza continuaria no mundo do crime de outras formas, com assaltos, crimes pela internet, seqüestro relâmpago, e por ai vai. Essas pessoas estão acostumadas a ganhar dinheiro fácil e em quantidade considerável, entraram no tráfico para não se submeterem ao salário mínimo, portanto continuarão fazendo o mesmo de outras maneiras. Dessa forma, em termos de criminalidade urbana, acabar com o tráfico, como quer a maior parte da sociedade, não resolveria nada, ou até agravaria o problema.
Vamos desmistificar essa questão, o estado não combate o tráfico, ele regula. É o que acontece com a pirataria, as barracas vendendo CDs pirata estão ai nos centros das cidades para todo mundo ver, se houvesse um interesse de acabar com isso, já teria sido feito há muito tempo. O estado precisa regular a pirataria da mesma forma que precisa regular o tráfico, ou seja, não pode deixar que ambos os processos escapem dos limites toleráveis, é isso que acontece na minha opinião. O que está ocorrendo no Rio, daqui a 15 dias estará tudo estabilizado novamente, o tráfico continuará atuando, a polícia vai afrouxar a rédea, e tudo voltará ao “normal”.
O estado não pode combater a pirataria de forma mais incisiva porque isso significa aumento vertiginoso da taxa de desemprego (formais e informais). No caso do tráfico, não apenas isso, mas também porque o processo requer alto investimento e mexe com muitos interesses. A questão é: Precisamos combater o tráfico de drogas? Na minha opinião, não dessa forma, não apenas através do enfrentamento. Bater de frente com o tráfico gastaria tufos de dinheiro público, e o resultado seria o aumento da criminalidade urbana, além do caos causado pelo próprio processo. Sem falar do aumento da pobreza nas favelas.
Tráfico de drogas não é a causa, mas sim um sintoma de um processo muito maior, que é a exclusão social. Combater o tráfico sem um programa incisivo e eficiente de inclusão social, não serve para porra nenhuma! É preciso combater incluindo, e não excluindo. Se for para fazer dessa forma é melhor deixar do jeito que está. Se nossa sociedade quiser exterminar o tráfico de drogas de forma inclusiva, terá de pensar em outra forma de sociedade, outra forma de capitalismo, pois nessa lógica econômica e política que vivenciamos não existem recursos suficientes para efetuar tal manobra. Nesse sentido, lembra do “louco” do Plínio? Que queria fazer auditoria da dívida pública? Pois é .... comecem a pensar nessas loucuras se quiserem uma mudança de fato, e não a troca de um problema por outro.
OBS: Fiz um comentário em resposta a um questionamento que serve como anexo. É bom ler principalmente em caso de discordância.
Se leu já sabe, clicar em uma das reações ou comentar.
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O texto é muito interessante e aponta de forma clara e objetiva não só os problemas sociais que levam ao fortalecimento do tráfico e do crime, mas traz algo de mesma relevância que muitas vezes faltam nos debates de esquerda, que são as soluções.
ResponderExcluirGostaria de deixar uma crítica só para enriquecer o debate:
1. Eu realmente penso que a ação é sim um mal necessário, principalmente a curto prazo. Combater a criminalidade e o monopólio das armas de foto ao estado são necessidades essenciais para manter a paz.
2. Mas o que significa combater a criminalidade?
a - Redução da carga de trabalho, para que o trabalhador passe mais tempo com o filho e possa participar mais da sua vida
b - Educação Integral e autoritarismo nas escolas: a palavra autoritarismo não soa bem, fico agradecido se alguém me arrumar outra solução ou algum eufemismo para substituí - la, mas no grau em que a educação se encontra, onde professores são ameçados, agressões, bulling, uso de drogas e vandalismo são frequentes, é uma ótima solução temporária, até que a paz volte às escolas, porque é nela que o cidadão toma grande parte de sua consciência coletiva
c - Melhora no salário mínimo. Já citado pelo autor, para que as pessoas além de desistirem do crime, terem acesso a certos benefícios que só os mais abastados têm, como leitura, lazer, cultura e consumo (moderado, afinal, muitos entram no ramo de atividades ilícitas para ter um carro, um tênis bom).
3 - A luta por reformas políticas e tributárias, afinal, as mazelas do país está, não concentrada nos morros, mas na sua essência.
"Combater o tráfico sem um programa incisivo e eficiente de inclusão social, não serve para porra nenhuma! É preciso combater incluindo, e não excluindo. Se for para fazer dessa forma é melhor deixar do jeito que está."
ResponderExcluirSe isso não for um exemplo claro de 'blábláblá' juro que nao sei o que isso significa!!
Vai falar pra um chefe do tráfico, que apesar de nunca ter encarado um livro na vida, que ostenta vida de rei, cercado de mordomias, mulheres, carros e etc., que ele precisa estudar pra ser alguem na vida... ¬¬'
Você tem alguma dúvida de que são as drogas que financiam tudo isso??
e você acha que tomar grande parte do reduto de todo esse negócio não adianta em nada??
que retirar das mãos dos traficantes 6 toneladas de maconha, 150kg de cocaína não é relevante no combate a esse crime?? sabe qto isso deve significar em receita$ para isso tudo?? (eu tbm nao sei...)
Mas que isso vai desestruturar grande parte dessa organização criminosa, com certeza isso vai (não sei por qto tempo). Logico que os que vivem do tráfico não vão procurar, emprego, prestar concursos e etc. Estes, tentarão se reerguer, concordo que se não os tirarem das ruas aumentarão a quantidade de assaltos, sequestros e demais crimes (acredito eu que de forma desorganizada).
Mas meu maior temor é que estes criminosos venham para o nordeste e para Bahia. Estava lendo a tribuna da bahia e me preocupei mais ainda... Sabemos quão despreparada e mal remunerada é a PM da Bahia, tornando-a atraente aos barões do tráfico. Aposto que dinheiro ainda não deve faltar a estes criminosos, e se é possível comandar o tráfico de dentro de um presídio, a Bahia tem tudo pra se tornar um QG ideal para que o tráfico se recomponha.
É lei da oferta e procura. Enquanto existir consumidor, vai existir tráfico. Pra mim o usuário deveria ir preso junto com o traficante. E claro que o combate ao tráfico diminui a criminalidade com uso de ARMA DE FOGO, meu querido. De onde a bandidagem tira dinheiro pra comprar arma? A culpa não é só do governo! É muito, muito fácil repassar a culpa pros outros, não é mesmo?
ResponderExcluirFica a dica.
Germano
ResponderExcluir"Vai falar pra um chefe do tráfico, que apesar de nunca ter encarado um livro na vida, que ostenta vida de rei, cercado de mordomias, mulheres, carros e etc., que ele precisa estudar pra ser alguem na vida..."
Não se pode ter uma visão tão superficial da realidade. inclusão social não é simplesmente colocar os traficantes para estudar, inclusão é algo de longo prazo, muito provavelmente não se conseguirá fazer com que essa geração de traficantes mude de vida, mas a perspectiva não é essa exatamente. Um programa de inclusão social visa as próximas gerações, visa os filhos e netos dos traficantes, e não somente, visa todo o pessoal da favela. Visa mudar a realidade de um povo, para que daqui a 30 ou 40 anos essas pessoas tenham outra mentalidade e outra condição. Bater de frente com o tráfico não resolve o problema, é paliativo, porque a população que recorreu ao tráfico por estar excluída vai continuar excluída. Se a pessoa está com dor de cabeça por um problema no estômago, remédio para dor de cabeça não resolverá o problema de fato, é o mesmo que estão fazendo.
Nesse sentido, é preciso pensar exclusão de forma mais abrangente, é muito fácil estar de fora e julgar os traficantes, satanizar os caras, eles são gente da pior espécie e nós somos pessoas dignas, não é assim que se pensa? Essas pessoas nasceram e cresceram em um ambiente onde existe uma efervescência cultural muito grande de uma ideologia ante-burguesa, ante-polícia, ante-tudo que está "do outro lado da corda", são pessoas violentas, revoltadas, resultado não apenas de uma exclusão econômica e social, mas de uma cultura "Bárbara". Satanizar os traficantes é o mesmo que satanizar os homens bomba, dizer que esses fazem isso simplesmente pq são pessoas ruins, é um pensamento raso e conservador.
O que está acontecendo no Rio não passa de um "Out Door" para a Copa do Mundo, é muito mais conveniente para o estado combater dessa forma, aparece mais, dá um ar de "estamos lutando pela paz". No fim das contas não resolve o cerne do problema, aquela população continuará marginalizada, continuará existindo tráfico, porque onde há demanda há oferta,o que vai haver é somente mudanças de como fazer.
O que precisa haver de fato, nesse governo não será feito, que é mexer na estrutura de classes do país, isso sim é um rompimento, uma mudança, e não uma migué para aparecer na Globo.
Quando você tem um edificio, grande, velho e condenado... Você o derruba completamente, limpa os destroços, retira todos os entulhos e então constrói um novo.
ResponderExcluirNão adianta você querer fazer a inclusão social de cima pra baixo. Educação é solução pra grande parte dos problemas, mas isso inclui a educação básica.
COncordo com você quando diz que : "Um programa de inclusão social visa as próximas gerações, visa os filhos e netos dos traficantes, e não somente, visa todo o pessoal da favela. Visa mudar a realidade de um povo, para que daqui a 30 ou 40 anos essas pessoas tenham outra mentalidade e outra condição".
Mas para isso é preciso 'demolir' toda essa estrutura condenada, é preciso um tratamento de choque. Esses atuais traficantes provavelmente nasceram em meio ao tráfico e se assim for permitido, outras gerações surgirão com orgulho dos seus pais e avós traficantes. Isso é um ciclo e precisa ser rompido...
Agora você dizer que uma operação como essa é um ato de quem quer apenas 'aparecer' na globo, isso é lamentável.
"Mas para isso é preciso 'demolir' toda essa estrutura condenada, é preciso um tratamento de choque. Esses atuais traficantes provavelmente nasceram em meio ao tráfico e se assim for permitido, outras gerações surgirão com orgulho dos seus pais e avós traficantes. Isso é um ciclo e precisa ser rompido..."
ResponderExcluirVou responder isso com trechos do próprio texto:
"Combater o tráfico sem um programa incisivo e eficiente de inclusão social, não serve para porra nenhuma! É preciso combater incluindo, e não excluindo."
"A questão é: Precisamos combater o tráfico de drogas? Na minha opinião, não dessa forma, não apenas através do enfrentamento"
Ou seja, eu não digo que o enfrentamento não deve ser feito, digo que o puro enfrentamento (no sentido de opressão) não muda a realidade, não muda a vida do povo da favela. Eles continuarão pobres e sem acesso aos serviços que tem por direito na constituição. Ou seja, a cultura bárbara continuará se reproduzindo.
Quanto à questão de ser uma operação muito mais ostensiva do que qualquer outra coisa, leia o discurso de Marcelo Freixo, Deputado Estadual do RJ, tah circulando na internet. Ele parte de uma perspectiva diferente da minha em relação ao combate ao tráfico, mas veja o que ele fala em relação ao discurso que está sendo utilizado pela mídia nesse aspecto.
Ai vai um trecho do discurso dele:
ResponderExcluir"Quero conversar com os demais deputados para chamar a atenção para algumas coisas que fogem a obviedade. É claro que a situação no Rio é uma situação delicadíssima, inaceitável. Todos nós sabemos disso, mas cabe ao Parlamento um debate um pouco mais profundo, do que necessariamente faz, ou fazem os meios de comunicação. E, nesse sentido, quero pontuar algumas coisas. Primeiro, a venda fácil da imagem de que o Rio de Janeiro está em guerra. Quero questionar essa ideia de que o Rio está em guerra.
Primeiro, que as imagens, as armas, o número de mortos, tudo isso poderia nos levar a uma conclusão da ideia de uma guerra. Mas, qual é o problema de nós concluirmos que isso é uma guerra, de forma simplista? Não há elemento ideológico: não há nenhum grupo buscando conquistar o estado. Não há nenhum grupo organizado que busca a conquista do poder por trás de qualquer uma dessas atitudes. As atitudes são bárbaras, são violentas, precisam ser enfrentadas, mas daí a dizer que é uma guerra, traz uma concepção e uma reação do Estado que, em guerra, seria matar ou morrer. Numa guerra a consequência e as ações do Estado são previstas para uma guerra. Hoje, inevitavelmente, o grande objetivo é eliminar o inimigo e talvez as ações do Estado tenham que ser mais responsáveis e mais de longo prazo."
Também sempre questionei esse fato. A criminalidade sempre vai existir enquanto não houver um investimento pesado na educação. Uma população mais conciente e com menos exclusão social e mais oportunidades, poderia não só acabar com grande parte do tráfico e criminalidade como pôr o Brasil entre as grandes potências. Acontece que não interesse nisso em nossa política, infelizmente.
ResponderExcluir.
Mas não acho que devemos ser radicais e criticar o que Sérgio Cabral está fazendo. Acho que as duas formas de combate devem andar juntas e Sérgio Cabral está fazendo a parte dele. O sistema de educação fica mais por conta do presidente.
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Mas um processo de inclusão social já foi iniciado nessas comunidades recuperadas. Basta procurar a respeito, tão tendo até acompanhamento psicológico. Então não podemos ignorar esse fato.
Citaram "a melhora do salário mínimo" como um fator para contribuir com a redução da criminalidade. Eu concordo que uma população com salário mais digno contribuiria para a inclusão social e evitar a criminalidade. Mas lembrem que os maiores ladrões têm os maiores salários, hehehe...
ResponderExcluir.
Enfim, não é algo fácil. Apenas aumentar o salário mínimo não adiantaria nada com a economia inflacionário que nós temos... E depois Lula diz que aqui no Brasil foi apenas uma marola, mas já estamos em crise há décadas e o povo não encherga isso.
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Pontos que considero positivo e que viriam a frente do aumento do salário mínimo, seriam medidas que faria o pouco salário valer mais, ou seja, reduzir os custos. Vou citar algumas medidas:
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1. Investir nos hospitais públicos - Assim, as pessoas não teriam necessidade de usar plano de saúde ou pagar consulta. É uma máfia, médico público não atende direito pra ganhar por fora. Acabando com isso, poparia mais $$ no bolso de cada cidadão.
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2. Investir na escola - Idem ao de cima. Sem precisar pagar escola particular, sobraria mais $$ no bolso do cidadão.
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3 - Pagar a dívida externa - Não sou bem entendido de economia, mais sei que isso tem a ver com a inflação. Não adianta fazer como Lula, quitar uma divida criando outra.
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4 - Reduzir a sobrecarga de impostos - Nós brasileiros pagamos 10 vezes o que era pra pagarmos.
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Com essas 4 medidas concluidas, entre outros, com certeza nossa moeda valeria mais, sem precisar da aumentos fictícios no salário mínimo. Me lembro que há apenas 1 ano eu comprava atum por 2 reais, agora tá 5.
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Enquanto isso, o salários dos políticos aumentou... A população precisa exigir, todo mundo vê as coisas acontecer de braços cruzados.
"Mas um processo de inclusão social já foi iniciado nessas comunidades recuperadas. Basta procurar a respeito, tão tendo até acompanhamento psicológico. Então não podemos ignorar esse fato."
ResponderExcluirIsso é tapeação Pedro, falo de algo mais incisivo, falo de mexer na lógica de acumulação, mexer nos interesses das elites, só assim teremos mudança substancial.
"Enfim, não é algo fácil. Apenas aumentar o salário mínimo não adiantaria nada com a economia inflacionário que nós temos"
Você está equivocado, nossa inflação é considerada baixa, gira em torno de 4,5% ao ano. O problema de nossa economia está longe de ser a inflação.
E outra coisa, todos os pontos q vc disse q precisa mudar, prescindem de mexer fortemente nos interesses das elites, não se trata de somente ter políticos honestos nos representando, é muito mais profundo. SObre isso, acho interessante vc ler meu texto sobre Plínio Arruda.
Bom, axei interessante a sua posição e cmo carioca digo q vc tah certo. Axo q ning estudou historia do Brasil no país; lembra qdo a tda poderosa salve salve Princesa Izabel assinou a Lei Aurea?!?! e o q ela fez com os libertos??? Aqueles ex escravos não tinham emprego, naum tinham onde morar, perderam as possiveis oportunidades d emprego pq os estrangeiros e os brasileiros pobres jah eram trabalhadores livres... enfim... o Izabel pensou q os negros fariam?! Comprariam um barco e voltariam pra Africa??? Axo que o caso é parecido em alguns aspectos.
ResponderExcluirAlém disso td mundo sabe que chefe de tráfico de vdd naum mora na favela, está em casarão, podre d rico... q nem akele q foi preso a dois anos cheio de plastica na cara.
e o tráfico eh sim controlado pela alta cupula do governo. Só vai pra mídia a super operação da elite da policia carioca (BOPE) qdo os bandidos "mijam fora do pinico".
Por fim, existe uma pressão internacional devido a realização da Copa do Mundo e das Olimpiadas. O Rio é muito violento e aquela mega operação no Almeão saiu em todos os jornais do mundo, ou seja, o governo está agindo para que não tenha mais bandidos qdo os gringos vierem!
Desabafo: as vezes perco a esperança e concordo com Raulzito: "tah td pronto aki é só vir pegar, a solução é alugar o Brasil!"