A mulher na sociedade contemporânea vive um big dilema: quer ser independente, mas ao mesmo tempo quer ser mãe participando ativamente da criação dos filhos. Na verdade esse é o dilema do casal moderno. Recentemente a justiça chegou junto e regularizou de vez a profissão das empregadas domésticas no geral, de modo que ter uma babá não é mais algo barato e, se for (não pagar os direitos), passa a ser perigoso.
Ainda que se possa pagar uma profissional desse tipo, os pais querem participar da criação dos filhos de forma mais ativa e, vê-los somente pela noite pode não ser algo positivo. Como resolver isso? Como permitir que a mulher seja independente sem que a criação dos filhos seja quase totalmente delegada a babás?
Eu creio que a solução nesse case deve ser buscada com grande objetividade e sensatez por parte do casal. Em 1º lugar, é necessário saber se existe condição financeira para pagar uma babá e, se vale à pena. Creio que seja meio irracional ir para o mercado de trabalho ganhar mil reais e pagar um salário mínimo para uma babá, isso é quase que pagar para trabalhar. Se a mulher não tem condições de arrumar um emprego para ganhar pelo menos 2 mil, que fique em casa com os filhos. O inverso também vale. Se o casal estiver evoluído o suficiente para aceitar que o homem fique em casa, não vejo problemas. Mas é bom lembrar que isso é algo difícil de lidar, é necessário um alto grau de evolução do casal.
Outro ponto que acredito que poderia ser mudado é a lei, oferecendo benefício de redução de carga horária para mulheres com filhos menores de 2 anos. Mas uma lei como essa traria uma série de implicações. O setor público lidaria com isso sem maiores problemas, mas o setor privado faria de tudo para não empregar mulheres nessas condições. A legislação poderia reduzir a carga horária e proibir as empresas de questionar as mulheres a esse respeito, no momento da seleção. Mas isso é complicadíssimo de se aplicar com eficiência, a simples recusa em responder a pergunta entregaria o “doce”. Portanto, reduzir carga horária para beneficiar mulheres com filhos é um tiro que pode sair pela culatra.
Esse e o dilema da família moderna, que tem cada vez mais mulheres buscando independência, mas ao mesmo tempo precisando decidir o que fazer com os filhos e, jogar o pepino “nos peito” da avó nem sempre é algo possível, ou saudável.
Frente ao que foi apresentado, deixo aberto para o debate, já que a solução parece bem complicada.
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