sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Falta "Eticômetro" nos gênios da F1?



Definitivamente, a F1 é uma modalidade esportiva em que existe uma escassez enorme de destaques, nos ultimos 20 anos me lembro de apenas 4: Ayrton Senna, Alain Prost, Michael Shumacher e Fernando Alonso (esse ultimo com nível abaixo dos demais, mas entra na lista porque desde Shumacher é o único destaque). Está certo que fazer sucesso não é algo fácil, ainda mais nessa escassez de ídolos da F1, é uma badalação enorme. Mas na F1 a falta de ética desses "gênios" é algo bastante frequente.
No caso de Prost, o clássico de sua carreira foi ter batido em Ayrton Senna no ultimo grande prêmio de 1989 (Japão), para tirar seu título. Na ocasião, Senna não poderia vencer para que ele ficasse com o título, a batida funcionou nesse sentido, pois Senna estava em 1º e ele em 2º. Prost saiu da prova, Senna quebrou o aerofólio e precisou trocar, perdendo a 1ª posição nos boxes. Na época a FIA não era tão rigorosa e Prost não foi punido, e mesmo que tivesse sido seria campeão.
No ano seguinte (1990), Senna, em um belo presente do destino, teve a oportunidade de dar o troco, batendo em Prost para ficar com o título, em uma situação extremamente parecida.



Shumacher foi um dos pilotos mais escrotos da história da F1, sua história está recheada de episódios lamentáveis, não é a toa que é recordista em punições da FIA.
Não sei exatamente o ano e não encontrei as imagens, mas lembro de um episódio onde ele, ao ser ultrapassado por Mika Hakknen, jogou seu carro contra o mesmo durante a manobra, nessa ocasião ele deu azar porque apenas ele saiu da prova, e Mika nenhum prejuízo teve. Schumacher foi punido pela fia.
Nessa página tem alguns relatos de atitudes anti-éticas do Alemão.

http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2006/09/10/ult28u46858.jhtm

A mais recente dele foi a manobra anti-desportiva contra seu ex colega de equipe, Rubens Barrichello, no ultimo prêmio da Hungria. Essa foi uma das mais deploráveis de sua carreira, porque não se tratava da disputa de um título, Shumi está apenas figurando nessa temporada, o mesmo ocorre com Rubens.



Em relação a Fernando Alonso, outro que sempre teve obstinação excessiva por vitórias, sua carreira ficou marcada no episódio do GP da Cingapura em 2008, onde houve uma combinação entre ele, sua equipe (Renault) e o "2º piloto" Nelsinho Piquet, para que Piquet forjasse uma batida para a entrada do Safety Car, esse processo, previamente planejado pela equipe, beneficiaria Alonso devido à sua estratégia de corrida. O esquema foi descoberto e a equipe foi punida.

É no mínimo triste perceber que apenas um, dos últimos quatro grandes pilotos da F1, nasceu com um aparelhinho chamado "Eticômetro". Não conheci Senna pessoalmente, nem acompanhei toda sua carreira, mas ao menos nunca ouvi falar de nada que sujasse sua gloriosa carreira. O fato de ter dado o troco em Prost não indica falta de caráter (ainda que rigorosamente não seja correto), mas sim o "sangue quente" que ele sempre teve, e que está faltando nos pilotos brasileiros da atualidade.