terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Bem vindo à Universidade!


Época de vestibular, ansiedade de quem está tentando ingressar e uma certa nostalgia de quem já saiu. Nesse período de PROSEL, resolvi tecer esse “textículo” para dar água na boca dos aspirantes ao canudo, que conseguiram “passar por cima” dos que morreram na praia da provinha escrota.

Universidade, só o nome já soa bastante sugestivo. Passa a idéia de universo, universo de conhecimento. É a época mais marcante da vida do indivíduo, ou você se encontra ou se perde, ou as duas coisas ... hehe.

A vivência universitária não é igual para todos, em primeiro lugar nem todos estudaram em uma universidade, alguns formaram em faculdade. A principal característica da universidade é englobar uma pluralidade de áreas do conhecimento em seus cursos. Quem deseja se aprofundar nessa caracterização, ai vai um link:

http://www.unimep.br/noticias.php?nid=1389

Outra questão é a dedicação integral ou não, tem pessoas que precisaram trabalhar e estudar ao mesmo tempo, essas tiveram a vivência universitária parcialmente tolhida com certeza. Por essas e outras questões, viver a universidade é uma coisa, fazer um curso de nível superior é outra.

Para quem viveu a universidade, com certeza foi um período inesquecível em suas vidas. É nesse espaço que suas características individuais possuem a liberdade e incentivo necessários para que se destaquem, principalmente para quem saiu da casa dos pais para fazer seu curso. Se você é CDF, encontrará ótimos motivos e pessoas para se tornar um intelectual, se gosta de festa, cuidado para não virar alcoólatra, se possui uma veia política, se tornará um militante, se gosta de namorar, pode comprar o estoque de preservativo. Há lugar para tudo e todos, você nunca terá uma oportunidade tão grande para lidar com as diferenças. Muitos mitos são quebrados e valores retrógrados destruídos, se você discriminar quem fuma maconha (por exemplo) possivelmente terá de estudar sozinho, ou você respeita ou dá um teco também. É o momento de sair do casulo, as preferências e desejos se tornam mais latentes, em um ambiente onde nada é estranho, qualquer coisa que se faça não surpreenderá ninguém. É também o momento de por em cheque a resistência de seu corpo, observar o limite de besteiras que você consegue comer em uma semana, quantas vezes consegue substituir o almoço por uma coxinha, e quantas noites consegue fazer o famigerado virote.

As pessoas idosas te vêem como um intelectual, seus pais te vêem como uma pessoa esforçada, ainda que você passe mais tempo no bar do que na biblioteca. A sociedade te vê como metido a priori, sua obrigação é mudar essa imagem. Da universidade também saem as histórias mais inusitadas e as lendas mais descaradas, a final, quando se junta loucos, pseudo-intelectuais, livros e álcool, tem-se o contexto propício para acontecer qualquer coisa.

Para quem está entrando, minha dica é fazer de tudo para não precisar trabalhar (emprego convencional) e estudar ao mesmo tempo, a época da universidade nunca voltará, e se voltar você estará mais velho e não terá o mesmo sabor. Cada um vive esse período de uma forma, alguns fazem da universidade a verdadeira babilônia, outros um caldeirão de efervescência intelectual, o que não se pode é fazer dela uma escola de 3º grau (uauu .. rimou!), é muito mais que isso. Boa sorte.