terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pseudo-intelectuais


Pseudo-intelectual, designação utilizada corriqueiramente quando se quer fazer referência a alguém que se mostra intelectual sem o ser na essência.

Eles se dividem em 2 tipos básicos, os pseudo-intelectuais acadêmicos e os pseudo-intelectuais Cult, ou pseudo-cult (Cult não no sentido literal, mas no sentido estereotipado, que é um indivíduo não somente culto, mas excêntrico sobretudo). O primeiro tipo é uma espécie que dá na academia, pessoas que querem transparecer intelectualidade por questão de ego, mas não possuem conhecimento substancial de fato. Essas pessoas tem o hábito de decorar nome de autores, para eles importa mais os nomes dos autores do que o conteúdo de fato, porque tudo que ele precisa é citar o autor em uma conversa de mesa de bar ou em suas intervenções em sala de aula. Então qualquer texto, resenha ou artigo que lêem, fazem questão de decorar o nome do autor, ainda que o autor não tenha grande representatividade. Além disso, eles tem como prática sair lendo a introdução ou o 1º capítulo de várias obras. O pseudo-intelectual lê pouco, então para transparecer conteúdo ele usa desse subterfúgio, com isso ele conhecerá superficialmente várias obras, mas poderá citar esses autores e essas obras quando quiser se passar por intelectual. Outro hábito bastante frequente nessas pessoas é forçar vocabulário rebuscado quando falam ou escrevem. Costumam falar difícil em ocasiões ou espaços que não há necessidade para tal, às vezes até cometem gafes usando termos que não cabem no contexto. Uma coisa é falar de forma rebuscada naturalmente, isso ocorre quando o indivíduo leu tantos autores com linguagem rebuscada que naturalmente ao se comunicar utiliza esses termos. Outra coisa é forçar o uso de termos mais complexos ou científicos, típico dos pseudo-intelectuais.

Eu acho bizarro esse tipo de prática. E antes que alguém ache que estou me auto-intitulando intelectual de verdade, não sou intelectual, não leio tanto assim, mas também não fico lendo introdução de livro pra dizer que conheço a obra e o autor, se pego algo para ler costumo ir até o fim, ou até onde a obra tem pertinência para o que quero apreender.

O outro tipo, o pseudo-cult, são aquelas pessoas que forçam uma excentricidade para posarem de Cult. Atualmente está muito na moda isso aqui no Brasil no meio musical, sobretudo no meio alternativo, pessoas sem conhecimento musical de fato, se passando por intelectuais do meio, utilizando um estereótipo (o termo é utilizado não somente com referência a estética) que transmite essa idéia. Sabe aquela pessoa que você vê, troca uma idéia rápida, e fica parecendo que ela conhece muito de música, e depois você vê que ela só conhece 5 ou 6 bandas? É isso! Esse tipo é também muito visto em movimento estudantil, pessoas de aparência e atitudes excêntricas, que compartilham ideais revolucionários que pouco conhecem. Esses na verdade aderem ao movimento para posarem de intelectual, forçam um estereótipo propositalmente a fim de fazerem ligação com essa característica, tem discurso incisivo, mas um pouco mais de papo e percebe-se que tem pouco conteúdo. Diferem portanto do novato no movimento, que conhece pouco mas está lá para aprender e contribuir, estimulado por sua perspectiva ideológica.

Se você lê introdução de livro (ou 1º capítulo) ou usa qualquer outro subterfúgio para transparecer intelectualidade, por favor, mude, não há nada mais patético do que isso. Ainda há tempo, Deus tem um plano para sua vida irmão!!

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10 comentários:

  1. Oitava linha de baixo pra cima: "intelectual" deveria estar no plural.
    Sétima linha: falta acento circunflexo em "tem", erro que se repete diversas vezes.

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  2. ^ típica intervenção de pseudo-intelectual, que, ao invés de se ater ao conteúdo, critica um deslize ou outro de ortografia.
    Poderia dizer que essa é a metalinguagem do pseudo-intelectual, por revelar essa condição exatamente quando ela está em foco num debate.

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  3. Muito bom o texto e a observação, acontece muito comigo na universidade, faço Direito e é constante os Pseudo intelectuais que usam "não obstante", "outrossim"... eu mesmo caio nessa muitas vezes afinal o costume do cachimbo põe a boca torta, mas evito falar de maneira arrogante em ambientes que não exijam tal comportamento. A não ser por "brincadeira" e crítica de alguns "tirados" a intelectuais... Mas eu pretendo ser um intelectual rsrsrs". Visite nosso Blog http://retadevista.blogspot.com

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  4. Outra tendência entre os pseudo-intelectuais cult é procurar bandas pouco conhecidas, dizer que fã, sem nunca ter curtido o som. Só o que eles "curtem" é bom e todo o resto é "modinha".

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  5. ...as histórias individuais são bem diferentes.Agir como se as conhecêssemos é uma temeridade, senão mostra de arrogância.Critico tanto a postura pseudo-intelectualista quanto a leviana, pois ambas se baseiam num conhecimento parco da realidade. Eu lhe convido a buscar muito mais do que a simples aparência das coisas, objetivo, aliás, da ciência. E sugiro também um texto sobre os maria-vai-com-as-outras, que são aquelas pessoas que por não terem ainda maturidade, ou por excesso de boa fé, acreditam cegamente em tudo que outros dizem. Pensando bem, trata-se aqui, tanto nesse e-mail quanto no texto do blog, de situações onde predomina o conhecimento limitado da realidade. E para todas essas situações, a história humana nos legou a forma científica de conhecer o mundo.Obs. As palavras do vocabulário são acessíveis a todos os que as queiram aprender.

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  6. Adorei!!! O pior é que na academia é o q mais tem!!

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  7. Na verdade o acento da palavra "tem" caiu com a nova formulação da gramática...

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  8. Janette, permita-me uma correção: para o plural, os verbos 'ter' e 'vir' seguem com o acento (eles têm/vêm - e aqui o acento é diferencial e não circunflexo). Baniu-se o acento (circunflexo) em terminações ôo(s): voo, enjoos, etc. E em algumas conjugações de 3ª pessoa do plural: eles veem, eles creem, etc.
    Giovano

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  9. ahh, esqueci: muito bom o texto

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  10. sou intelectual de verdade! eba rsrsrs

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