segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Curso introdutório de migué



ATENÇÂO: Essa postagem é proibida para menores de 16 anos e para Emos de qualquer idade.

Dar uma migué nada mais é do que a habilidade de convencer, embromar ou disfarçar. É de extrema importância na sociedade moderna, quem tem essa habilidade pode escapar de situações constrangedoras ou conseguir muitas coisas com pouco esforço.
No que se refere à técnica de convencimento, a migué usa como base a psicologia reversa. A psicologia reversa é um conceito complexo, pode ser aplicado de várias maneiras, umas das formas mais comuns é inverter o obvio, por exemplo: Se você chegou atrasado no trabalho porque e despertador não tocou, mas precisa de uma justificativa convincente pra dar ao chefe, você pode utilizar a psicologia reversa para convencer ele, pode dizer coisa do tipo: "Me atrasei porque houve um pequeno acidente no caminho, um cara atropelou um tamanduá que havia fugido de uma casa, deu a maior confusão porque a dona se revoltou com o cara que atropelou, demorou para liberar a pista". Seu patrão vai pensar: "Caralho ... ninguém inventaria uma história louca dessa, se fosse pra mentir ele diria algo mais obvio". Nesse sentido, você usou a inversão da psicologia para dar a velha migué, que infalivelmente funcionará, é mais eficiente do que falar coisas obvias como: "Meu despertador não tocou", ainda que essa seja a verdade. O problema é que a grande maioria das pessoas não tem esse raciocínio.
Em relação à técnica de disfarce, que também faz parte do arcabouço técnico da migué, você precisa se colocar no lugar de quem você aplica a migué. Se você quer saber se determinada mulher tem namorado por exemplo, mas não quer dar na pinta, não faça como a marioria, que faz tipo: "E o namorado, kd?" Essa é mais manjada que o cara ir comprar viagra e dizer que é para o amigo. Fale coisa do tipo: "Seu namorado já se formou?". Assim você demonstra certeza daquilo que você quer saber, e pergunta outra coisa. Se ela não tiver dirá: "Hã? Que namorado? Não tenho!". Ai você fala que se confundiu (já não posso mais usar essa). Uma vez eu quis saber se uma pessoa tinha namorado, eu estava jogando baralho com ela e outras pessoas, então aproveitei a deixa de que ela parou para atender o celular e disse: "Porra ... fica ai falando com o namorado e atrasando o jogo". Ela respondeu: "O pior que dessa vez nem foi ele". Pronto, alcancei meu objetivo sem precisar que ninguém soubesse de minhas reais intenções.
Em relação à técnica de embromação, o princípio básico para casos principalmente onde você precisa mostrar conteúdo quando você não tem, sobre determinado assunto, é dar ênfase naquilo que você sabe, e tentar tornar algo obvio e simples em algo complexo. Para isso você precisa de boa eloquência e bom vocabulário. Trocando em miúdos, se você vai falar de Newton e só conhece a lei da gravidade dele, explique isso deforma minuciosa, rebuscada e extensa, fale a mesma coisa várias vezes usando termos diferentes. Enfim, encha linguiça, mas de forma qualificada, que ninguém perceba que essa é a intenção.
Enfim ... migué é uma técnica extremamente apurada e complexa, poucas pessoas sabem usa-la de forma eficiente. Só não sei se o mundo seria pior ou melhor se as pessoas soubessem dar migué!

ATENÇÃO: Essa técnica contém alto grau de periculosidade, só deve ser utilizada em benefício próprio, nunca para prejudicar alguém, seu uso também não pode ferir com princípios éticos.

2 comentários:

  1. A gente pode, talvez, rebatizar técnica do migué, como atividades cadunianas, em homenagem ao cara q conheço q faz isso com mais primazia, hehe

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  2. Eu num citei Cadú por questão de ética .. rsrs .. mas já q vc falou ...
    Na verdade na próxima edição do Aurélio vai ter a palavra migué, e no lugar da definição terá a foto de Cadú.
    :P

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