quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Regionalismo no Futebol


Não dá para calcular a quantidade de pessoas que já chegaram para mim dizendo que eu deveria torcer para um time de minha região. Ou seja, se referindo na verdade a times de meu estado, mais especificamente Vitória e Bahia. Essas pessoas usam esse argumento se fundamentando na perspectiva de valorização de sua região, sua terra, e torcer para times locais ajuda a fortalecer os mesmos (concordo).

Primeiro é importante frisar que essa coisa de torcer para times de outras regiões não é algo exclusivo da Bahia ou do Nordeste, no norte/centro-oeste do país o processo é ainda muito mais incisivo, 28,8% dos torcedores dessas regiões juntas são flamenguistas, e 11,7% são corinthianos. Até mesmo na região sul existem torcedores de outras regiões de forma representativa, o que corresponde a 8,3% de corinthianos e 6,7% de flamenguistas (as mais representativas).

Esse é um processo derivado de muitos fatores, mas o principal é a falta de representatividade dos times da região. O Flamengo possui a maior torcida do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, no entanto apesar de possuir torcedores no sul, está longe de ter maioria nessas regiões. Isso é muito simples, no sul existe 2 times (Internacional e Grêmio) de expressão.

Região – “Área com características próprias que a destacam de outras áreas. Pode ser parte de uma cidade, um município, um estado, uma província ou do mundo. Não há um consenso sobre como identificar as regiões, traçar seus limites ou avaliar sua importância.” (Dicionário Web)

Refletindo sobre esse conceito de região, chega-se à conclusão que torcer para time da região é algo subjetivo, dependendo do ponto de referência. Se eu torcesse para o Barcelona, os Sulamericanos iriam me sancionar por esse fato, se eu torcesse para o Boca (maior time da América) os brasileiros iriam me sancionar, e o mesmo ocorre no âmbito regional (no sentido das regiões do país), estadual e municipal. Nesse sentido, no limite da análise, deve-se sancionar também o pessoal que torce para times de outra cidade quando se tem time profissional na sua, um indivíduo de Campinas que torce para o São Paulo está errado, já que existe a Ponte Preta em sua cidade. Sendo assim, todas as pessoas que nasceram e vivem em cidades que possuem times profissionais, devem torcer para esses times de acordo com esse raciocínio. No entanto, existem pessoas do interior (que existe time profissional) que torcem para times da capital e acham que não existe nada de errado nisso, e ainda julgam os que torcem para times do sudeste. É claro que as proporções são diferentes, mas se é para ser rigoroso no quesito regionalismo, vamos ser então, não é mesmo?

Na verdade o que ocorre é que esse argumento regionalista na grande maioria das vezes é puro consolo. Se eu torcesse para o Remo (da região Norte) ninguém iria me repudiar por conta disso, porque o Remo é um time pequeno. Acontece que muitas pessoas querem ver seus times disputando títulos, ligar a TV e vê-los em espaços maiores. É por conta disso que existe muita gente nessas regiões que torcem para 2 times, um de seu estado e outro dentre os de expressão. Se existisse ainda na Bahia um time de expressão nacional, com certeza a torcida seria bem maior, e as sanções para com pessoas que torcem para times de outras regiões seriam drasticamente menores.

Nem vou entrar na questão dos condicionantes sociais que levaram cada pessoa a torcer para determinado time, porque o texto ficaria longo. Até concordo com o argumento regionalista, escrevi isso apenas para as pessoas refletirem se torcem para time da sua região mesmo, e se o fazem, se usam o argumento regionalista por amor à sua terra ou por puro consolo por não poder ver seu time ganhando títulos de expressão.

OBS: Dados estatísticos tirados do site Lancenet.

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sábado, 8 de janeiro de 2011

Moda


Moda = Desculpa para a indústria da estética vender.
Roupas e qualquer outro tipo de adereço são produtos em sua maioria de rápida depreciação, e com a influência da indústria tem se tornado também de rápida obsolescência (linda essa palavra né?). Não é de interesse para esses produtores que as roupas (por exemplo) demorem muito tempo no guarda-roupas, nem que as pessoas se acomodem com sua quantidade de roupas que possuem. Dai vem a intervenção da indústria da moda na vida das delas, dizendo o que é bonito a partir daquele momento.

Lembro-me da época em que não era feio usar meia alta com short, faz uns 10 anos isso. É engraçado que pouco tempo depois, questão de 1 ou 2 anos o uso da peça virou algo bizarro. Como sou um cara que tem certa dificuldade de acompanhar esse processo, continuem a usar, ai apareciam as piadas, tipo: "Onde é o baba?"; "Vai jogar bola onde?". Foi assim que percebi que passou a ser feio usar meia longa sem calça.

A indústria da moda quando não acha mais o que fazer, começa a do nada voltar com antigas modas, foi assim que a bota saiu de cena e depois voltou. Cada dia é uma coisa nova, e sinceramente, morro de vergonha alheia quando vejo um estilista ou qualquer outro profissional da área falando sobre as novas tendências da estação. É um negoço esquisito, tipo: "Esse verão a tendência são roupas com cores variadas e vibrantes, as pessoas poderão abusar da mistura de cores!" Ai no outro verão ele diz: "A tendência para esse verão são cores mais discretas, leves!" Dá vontade de perguntar a um fí duma égua desse: "Bicho, o sol mudou de cor?"; "Esse verão tah mais quente que o outro?" E é impressionante que as pessoas seguem isso, algumas seguem à risca inclusive.

Agora as mulheres deram pra usar óculos estilo Black Kamen Rider, como podem ver na comparação em baixo.



"Eu particularmente" (como diria Romário) acho uma disgraça esses óculos imensos. Me desculpem as mulheres que gostam, mas parece mais uma abelha ou um gafanhoto.

Não estou satanizando (gostei dessa palavra) a moda em si, acho que a mesma tem um papel benéfico, que se trata da evolução dos produtos em termos de tecnologia. Tecidos de melhor qualidade, adereços úteis criados, etc. Tudo isso é resultado da indústria estética, que está intrinsecamente ligada à indústria da moda. Mas de fato existe o lado ruim da moda, que é formar demanda a partir de uma "imposição" pura e simples do que é feio e bonito.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Roteiro clássico dos filmes populares


Filme de artes marciais

* Basicamente todo filme do estilo começa com o protagonista arrumando uma confusão. Ele é tão antipático que todos querem bater nele do nada.

* Sempre tem um torneio de luta, e ele entra no torneio porque está fudido (liso) ou para vingar seu amigo.

* Mas ele nunca luta o suficiente para vencer o torneio. Então ele vai procurar aquele senhor sábio, pobre (pobre porque ele não valoriza bens materiais) e metido que mora lá no meio do mato para lhe ensinar.

* O melhor método para aprender a lutar é pintando cerca, encerando o assoalho ou chutando bambú com a canela.

* Então ele aprende a lutar de verdade. É impressionante o que o que 1 mês de aula faz! Até lutar de olho fechado ele aprende, para que ninguém sabe.

* Depois de aprender tudo ele arruma outra confusão para demonstrar o que ele aprendeu.

* E o final todo mundo já sabe. Ele finalmente vai enfrentar seu inimigo tão temido. Apanha como uma mala veia, até pensar em desistir. Mas ele lembra de uma lição do mestre ou de sua família e volta lá para massacrar o antagonista que sempre é feio e têm um rabo de cavalo.

Filme de ação

* Os vilões são péssimos de mira e o protagonista usa repelente contra balas.

* ATENÇÃO: É comprovado geneticamente que vigias de monitores de circuito interno são tarados por revista de mulher pelada.

* Seja qual for o tempo da bomba relógio o protagonista só escapará faltando 1 segundo para acabar.

* Quando o vilão vai matar o protagonista no final, ele bate um papinho antes com ele. É para dar tempo do amigo do cara chegar e acabar com ele.

Filme de suspense/terror

* Os psicopatas têm sempre que ter motivos idiotas para sair matando. Ex: Ser mal amado, ser louco por filmes de Serial Killer, ou a unha encravada que custa a sarar.

* Os psicopatas também são paranormais, eles andando alcançam as vítimas que estão correndo. E quando não alcançam a vítima da uma ajudinha tropeçando. Ou as vezes é o cenário com portas trancadas.

* Estatísticos Austríacos acabam de constatar que ao fugir de um psicopata as chances de tropeçar aumentam em 76%.

* ATENÇÃO: Quando você estiver fugindo de um psicopata, é bastante importante que olhe para trás também.

* Em filme de suspense/terror não existe frouxo(a). Todo mundo quando escuta uma zoada vai verificar, seja onde estiver.

* Cena clássica: A próxima vítima escuta um som estranho no sótão ou no porão e vai verificar (na vida real a pessoa se embrulharia no edredom), ao chegar lá ela acende a lâmpada que está pendurada em uma cordinha, segundos depois a porta do cômodo fecha sozinha, e ela para infelicidade dele só abre por fora. Pronto ... fudeu!

* O final é clássico. O protagonista bate no psicopata, acha que ele morreu, mas se esqueceu que psicopatas têm 2 vidas.

* ATENÇÃO: Regra básica para 100% dos filmes de suspense. Quando você estiver desconfiando de alguém para os tais assassinatos, esqueça, o psicopata não é ele(a), é sempre alguém que não têm nada a ver. É aquela tia gorda, ou aquele Nerd que não faz mal a ninguém.

OBS: Algumas pessoas podem ter visto esse texto antes, pois o mesmo circulou por e-mail.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Momento Blogueiro Teen ... Reflexões sobre Caráter!


Mostrar ser o que se é realmente é uma das maiores dificuldades do ser humano. O que vou falar aqui é algo até obvio, mas creio que em relação a alguns pontos muitas pessoas não pararam para refletir.

Todo mundo tem uma máscara, que é a qual a pessoa se mostra para a sociedade, e a mesma é exibida porque não é conveniente para ninguém se mostrar do jeito que realmente é, então algumas convenções sociais são adotadas e apropriadas como estratégia no “jogo” das relações interpessoais.

Já repararam que até para falar de seus próprios defeitos as pessoas são convenientes? Todos temos vários defeitos, mas para citar algum sempre escolhemos o menos vergonhoso. Mais ou menos assim ... Cite um defeito! Ai vem as clássicas frases tipo: “Ah .... eu sou uma pessoa muito estressada!”; “Meu maior defeito é ser muito sincero!”; “Eu sou muito orgulhoso!”; “Meu maior defeito é confiar de mais nas pessoas!”. Na verdade não passam de migué em sua maioria. Nunca vi ninguém admitir que é egoísta, mentiroso, invejoso, fofoqueiro, etc. As pessoas fazem isso por vergonha do que irão pensar dela daí pra frente, é meio que uma proteção.

Bem ... não vou ficar aqui relatando meus defeitos, porque não estou falando para amigos, e sim para qualquer um que queira abrir essa página. Mas ultimamente tenho refletido em relação a isso, e encontrei uma pessoa que fez a mesma reflexão, o que me impulsionou a escrever o texto. Ultimamente tenho procurado ser mais tolerante com os defeitos das pessoas, por pensar que ela é assim porque não consegue ser diferente, acho que isso ajuda um pouco. E tento entender também o contexto que levou ela a ser assim.

Outra reflexão que faço é sobre pessoas arrogantes. As pessoas costumam atacar muito quem é arrogante: “Fulano é metido!”; Ele se acha ... afff!”. Certo, arrogância é algo repudiável, quem é, precisa mudar, e etc, etc, etc. Mas também acho que é muito fácil ser “humilde” sendo feio, ignorante e pobre. Acho que humilde de verdade é quem tem motivos pra ser metido e ainda assim não é. E essas pessoas são extremamente raras a meu ver, conheço muito poucas assim. Humildade é a qualidade mais difícil de se encontrar na raça humana, e para quem não tem motivos pra ser metido, fica complicado julgar quem é. Agora obvio que existem níveis, ser metido é uma coisa, ser um Malmsteen da vida é outra ... rsrrs. Existem também os que são metido sem motivo ... esses sim precisam de um psicólogo, e não são poucos!

É isso .... acho que esse foi o texto mais “Blogueiro Teen” desse blog, apesar de eu não ser muito fã desse estilo de postagem. Se leu clique nos marcadores ou comente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Síndrome Underground


Síndrome underground é uma “doença” que dá em pessoas sem noção que tem extrema necessidade de serem diferentes.

Tem tudo a ver com os pseudo-cults, esses compõem esse grupo com grande representatividade. Essas pessoas tem a prática de rejeitar tudo aquilo que faz sucesso, que está na mídia, na moda, na boca do povo, e muitas vezes nem precisa aparecer na mídia, basta fazer sucesso e estar bem financeiramente.

Esse tipo de indivíduo no meio do rock é que nem pardal no meio das cidades, existe aos montes. Mais especificamente, no meio do Metal então ... meu Deus!

Fazer sucesso não significa baixar o nível da qualidade, ou virar comercial, de forma alguma. Não gosto de recorrer à ciência aqui no blog, pois não é o espaço adequado, mas o tema requer um pequeno esclarecimento a partir da sociologia da arte. Nesse sentido, é necessário compreender os 2 tipos de valorização quando se trata de produção artística (aqui vou usar a música para me fundamentar). A produção musical é dividida em campos, que basicamente são os estilos ou vertentes. Existem 2 tipos de campos, os campos de produção autônoma (heterogêneos, com fronteiras bem definidas) e de produção heterônoma (fronteiras fluidas, campo homogêneo). Basicamente, os campos de produção autônoma obedecem uma lógica interna de produção, os de produção heterônoma (música comercial) obedecem uma lógica externa, que é a lógica do mercado, da demanda. Os campos autônomos então se valorizam internamente, o heterônomo externamente. Dessa forma, fazer sucesso dentro da lógica de um campo de produção autônomo não significa virar comercial, significa simplesmente obter hegemonia naquele campo de produção.

Vou utilizar como exemplo um campo que conheço de perto, que é o do Heavy Metal. Um monte de metaleiros metidos a underground adoram renegar as bandas de grande sucesso, como o Iron Maiden, sobrevalorizando bandas de menor porte. O Iron Maiden fez sucesso porque obteve destaque no campo, e não por se tornar mais comercial. Quem escuta a banda sabe que ao estourar a banda não mudou sua linha de produção. Esse sucesso foi alcançado internamente, dentro do campo de produção de Heavy Metal. A prova disso é que a banda continuou e continua fora da grande mídia, Iron Maiden não toca nas rádios populares, não é tema de filme nem de novela, nem está presente na mídia massiva. Ai está a diferença de quem se valoriza externamente e internamente, a valorização externa se dá no atrelamento da produção à lógica do mercado. Nesse sentido, fazer sucesso é diferente de ser comercial. Uma banda pode ser comercial e não fazer sucesso, e pode fazer sucesso sem ser comercial.

E ainda assim, ser comercial não é ser ruim, gosto de muitas coisas comerciais, existem bandas que barganham bem com o mercado, conseguem fazer algo interessante e vender ao mesmo tempo. As pessoas que rejeitam tudo que é sucesso ou comercial, são pessoas que além de fazer uma ligação arbitrária entre sucesso e qualidade, são pessoas que no fundo sentem uma necessidade de se destacar, elas não se sentem bem gostando das mesmas coisas que muita gente gosta. É por isso que essa síndrome tem toda a ligação com os pseudo-cults, pessoas que querem forçar a aparência de profundo conhecimento artístico.

Esse é um comportamento que está espalhado na sociedade em todos os setores, inclusive tem vlogueiro por ai chamando Bon Jovi de modinha e fazendo clip para a banda Zignal.

Então vamos parar com essa babaquice? Fazer sucesso e ser comercial não são a mesma coisa, e ser comercial não é ser ruim necessariamente. Pra quem conhece alguém assim, pode mostrar esse post ao mesmo, ele vai gostar, a final, esse blog quase ninguém vê, então deve ser muito bom.

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Multiplicador de Mulheres ... Seus Problemas Acabaram!


Você acha que apenas o dinheiro faz isso (foto do lado)?

Pois apresento aqui um método simples e revolucionário (vou colocar nos comerciais da Band de madrugada) para qualquer homem ter uma linda namorada, mesmo sendo feio pacarai.

As mulheres costumam ser bastante competitivas em relações afetivas, eu não sei por que porra, mas são, e isso é admitido por elas próprias. NÃO SÃO TODAS! Ok? Mas uma grande parte sim. É uma coisa meio esquizofrênica, me desculpem! Mas funciona mais ou menos assim: Se um cara arruma uma namorada, as amigas e colegas dela ficam querendo pegar o cara só por que ele está namorando. Podem até não se insinuarem, mas ficam na vontade. Então namorar, na prática significa aumentar o coeficiente de atração do homem, e se a namorada for bonita então, ai que vai chover mulher!

Quando o sujeito é feio e está com uma mulher bonita o efeito é bastante positivo para ele, as “concorrentes” vêem aquilo e pensam: “O que será que ele tem de bom?” Então ficam naquela instiga pra experimentar. Dessa forma, não existe método mais eficaz de se conseguir uma mulher bonita do que já ter uma mulher bonita. Nesse sentido, fica tudo muito simples, basta o sujeito fingir que tem uma namorada bonita, e é ai que entra a técnica da migué.

Existem diversas formas que o cara pode se valer para jogar a migué, ele pode colocar a foto de uma gata em sua carteira e por um anel de noivado, e ai no meio do papo inventar uma desculpa pra mostrar a foto ... sei lá, tipo:

- Você trabalha onde?
- Trabalho na loja X!
- Ah, minha noiva trabalha do lado, conhece ela? Tianny o nome dela (é bom usar nomes raros, dá um ar de credibilidade).
- Não conheço!
- Se você ver deve se lembrar! (ai mostra a foto)
- Não conheço não!
- É ... estranho .. mas enfim.

Essa é uma migué clássica, os principais postulados da migué estão em outro texto aqui no Blog. Quem quiser dar uma olhada, é de grande importância! (mentira)

O cara também pode pagar uma amiga bonita para fingir que é sua namorada, mas isso é mais complicado, nem todas aceitariam e você teria de gastar grana. O melhor mesmo é não precisar desse subterfúgio.

Então a partir dessa migué acontecerá o processo que em economia chamamos de multiplicador. O cara conseguindo pegar uma mulher bonita, a partir disso irá disparar o multiplicador, outras “competidoras” vão querer saber o que há de bom nesse sujeito, e ai virá cada uma mais gata que a outra.

Bem ... eu nunca testei essa teoria (e não é pra não parecer canalha, é verdade mesmo .. hehe), até agora está apenas no campo das idéias, mas se alguém quiser testar, poste depois os resultados ai nos comentários, ok? A ciência agradece!

OBS:
1 -Antes que alguém fale (sim, iriam falar), no título eu imito o Casseta & Planeta, então não precisa se dar ao trabalho de falar isso nos comentários!
2 - O texto tem caráter de descontração, portanto mimimi de pseudo-intelectuais serão apagados. Então saibam criticar dentro do caráter do texto.


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Discutir Religião? Por que não?


Se existe um dito popular que acho bizarro é “Religião e política não se discute”. É claro que se discute, o problema é a forma pela qual as pessoas querem discutir religião e política. Aqui vou me ater à questão da religião.

Existe um comportamento nos cristãos praticantes (evangélicos e católicos especificamente) que me irrita (falo dessas pessoas de forma geral), que é discutir a religião dos outros usando a doutrina de sua religião. É por causa disso que a discussão tomou essa fama de “travada” (sem fim). Eu já vivi isso por diversas vezes, faço parte de uma religião que não é cristã, então sempre as pessoas conversam comigo sobre esse assunto, daí vem críticas bizarras tipo: “Na Bíblia, na pg X, no versículo Y, fala que não existe vida após a morte”; “Isso não está correto porque na Bíblia fala diferente”. Puta que o pariu! Será que essas pessoas não conseguem compreender que o cristianismo não é a única religião (no sentido mais amplo) do mundo? Será que não entendem que a Bíblia pra mim tem o mesmo valor que o Alcorão? Eu sinto vontade de me enterrar quando alguém fala que minha religião está errada porque a Bíblia fala o contrário.

No geral os evangélicos e católicos tem uma arrogância religiosa terrível. Quando se conversa com um espírita, budista, ou alguém do candomblé (como se chama alguém que é do candomblé?) se percebe grande diferença quanto a isso, são muito mais abertos e menos tendenciosos. Esses cristãos não conseguem aceitar que sua vertente religiosa tem a mesma importância que qualquer outra, e que ela tem a mesma probabilidade de estar errada do que qualquer outra (ao menos a princípio).

Pode-se sim discutir religião, mas desde que se saiba discutir, e não querer impor sua fé nos outros. Existem vários aspectos que são passíveis de discussão, eu posso discordar de algo em determinada religião sem levar em conta a minha fé ou os ensinamentos da minha vertente religiosa. Posso usar os princípios da própria religião que discordo para por a mesma em contradição, já fiz isso algumas vezes. Posso também usar princípios de valores consensuais para se fazer uma crítica. Por exemplo, se uma religião tem como prática institucionalizada rituais para prejudicar terceiros, isso tem implicações que transcendem questões de fé.

Então pelo amor de Deus! Se você pretende discutir religião, não use a doutrina da sua para justificar seus argumentos, isso é o mesmo que dizer “Você está errado em torcer para o Flamengo, deve torcer para o Vasco, porque o correto é torcer para o Vasco”. Realmente discutir religião não é nada fácil, mas com pessoas abertas dá para fazer, mas com cristocentristas (acabei de inventar essa palavra ... hehe) não dá, definitivamente.

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domingo, 5 de dezembro de 2010

Análise do Campeonato Brasileiro 2010!!


Essa foi a 40ª edição do mais disputado e almejado campeonato desse país, que só vem reafirmar o processo de depreciação gradativo do nível técnico do futebol nacional, devido à cada vez mais rápida transferência de atletas para o futebol europeu.

Desde o início do campeonato 2 times já se mostravam acima da média dos demais (com exceção do Internacional, com time forte, mas pouco interessado no campeonato). Fluminense e Corinthians já por volta de metade do 1º turno apresentavam um diferencial dentro de campo e na tabela. Ambos polarizaram a disputa e chegaram a abrir cerca de 8 pontos para o terceiro colocado. O Fluminense e a Unimed entraram no campeonato com o claro objetivo de não deixar escapar a oportunidade de acabar com os 26 anos de jejum. Uma verdadeira avalanche de contratações, tendo como principais o meia Deco e o lateral direito/volante Beletti. Além desses vieram Rodriguinho e Carlinhos do Santo André; Emerson dos Emirados Árabes; Washington do São Paulo, Muricy Ramalho, dentre outros pouco representativos (ainda que Deco por justiça nem mereça ser mencionado). O time que já não era ruim ficou muito bom, com bons laterais, boa criação no meio e bons atacantes, ficando a desejar um pouco apenas na parte defensiva.

O Corinthians manteve a maior parte do time que montou pra ser campeão da libertadores, projeto esse que fracassou. Também veio com time forte, e para completar contratou um ótimo meia, Bruno César.

Esses dois times polarizariam a disputa, mas uma série de perdas por lesões em ambas as equipes fizeram com que as mesmas caíssem de rendimento, consumindo completamente a “gordura” que haviam feito na parte inicial no campeonato. Nesse sentido, outros clubes entraram na disputa, que mais tarde apenas o Cruzeiro se manteria.

E o clube que jogou com o escudo da CBF, campeão da ultima edição? O Flamengo teve um ano para esquecer, polêmicas envolvendo Adriano no inicio do ano, prisão do ídolo Bruno no meio do ano, renúncia prematura do maior ídolo da história do clube do cargo de Diretor de Futebol, por conta de perseguições políticas, contratações caras que não deram certo, todas essas turbulências se juntaram à incompetência da diretoria, que não sabendo lidar com o recente Hexacampeonato tomou medidas (ou deixou de tomar) que prejudicaram a temporada, sendo a mais grave a “herança maldita” do meia Petkovic, que ficou nessa temporada pela gratidão da torcida pelo mesmo ter “dado” o Hexa ao time em 2009. O meia, aos 38 anos teve atuações apagadas, o que prejudicou o time, que por incompetência da diretoria não contratou outro à sua altura. O resultado foi um ano sem títulos e a luta contra o Z-4 no brasileiro, que só não teve fim trágico por extrema incompetência de seus adversários.

Não tem como falar desse campeonato sem falar das polêmicas envolvendo a entrega de resultados por rivalidade regional. Mais uma vez, como no ano passado, houve a coincidência de haver possibilidade de um clube prejudicar seu rival em relação ao título. O Fluminense foi o “contemplado” da vez, que ganhou 6 pontos através disso, quando São Paulo e Palmeiras entregaram para prejudicar o Corinthians. O episódio só reafirma a necessidade de se acabar com o formato de pontos corridos. O Corinthians que ano passado fez corpo mole para prejudicar o São Paulo, agora experimentou de seu próprio “veneno”.

A reta final do campeonato foi emocionante pela disputa, mas não pelo nível técnico. Fluminense, Corinthians e Cruzeiro, 3 times incompetentes disputando o título. Os 3 tiveram diversas oportunidades de disparar, mas não o fizeram, a disputa era mais para ver quem perdia menos pontos, do que para quem ganharia mais. Fluminense e Corinthians pelo fato de ainda estarem prejudicados pelos desfalques, e Cruzeiro por não ter time suficiente para ser campeão mesmo.

Nesse fim de linha, eis que Ronaldo resolve retornar de seu processo de “hibernamento” para resolver os problemas do ataque do Timão, que sem Jorge Henrique e Dentinho, só por um milagre disputaria o título. E ai ficou claro a diferença que faz o fenômeno. Obeso, com 3 cirurgias no joelho, 34 anos, e ainda fazendo gols e ajudando a melhorar o rendimento do time. A presença dele taticamente fez muita diferença, sendo o único centro avante da equipe, mudava todo o comportamento tático, centralizando a marcação adversária e liberando as pontas para chegada de Iarley e dos meias.

Mas não foi suficiente para dar o título ao time do Parque São Jorge. O Fluminense na reta final pegou uma tabela água com açúcar, dos 4 últimos confrontos, foram 2 times rebaixados e 2 rivais diretos do Timão. O tricolor ganhou 10 desses 12 pontos e se consagrou Bi-campeão Brasileiro.

A reta final ainda reservou o patético episódio do chororô do eterno cavalo paraguaio Cuca, que mais uma vez “terceirizou” a culpa pela derrota de seu time, acusando o árbitro de favorecimento ao Corinthians. A polêmica girou em torno do confronto direto entre os clubes, um lance de penalidade no mínimo polêmico, mas pra quem passou pela escola do chororô botafoguense é suficiente para levantar poeira.

E o campeonato terminou da seguinte forma: 4 times pequenos “se recusando” a deixar os grandes caírem, os eternos coadjuvantes (Botafogo, Palmeiras, CAM, Vasco, etc) em seu devido lugar, e o tricolor carioca campeão. No G-4 (que pode virar G-3), além dos 3 que brigavam pelo título, entrou o Grêmio de Renato Gaúcho, de forma merecida.

Fluminense conquista esse título com todos os méritos, apesar de o Corinthians também ser merecedor pelo time que tem. O que desequilibrou na parte final foi o tricolor ter dado mais sorte nos confrontos. Eu não poderia também deixar de espetar o fenômeno, pois diante da tabela fica muito claro que se o mesmo quisesse (sim, essa é a palavra) jogar ao menos um turno inteiro o título sem sombra de dúvidas era do Corinthians. Mas profissionalismo nunca foi o forte desse brilhante jogador, o que é uma pena.

Parabéns ao Fluminense, e parabéns ao futebol Carioca, que depois de 8 anos na seca venceu 2 brasileiros consecutivos, o que não acontecia desde 1984 (nessa ocasião foram 3 em sequência para o estado do Rio).

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Roberto Carlos ... Rei? De onde?


Sempre questionei o fato de Roberto Carlos ter recebido o rótulo de Rei da nossa música, quem me conhece sabe e está cansado de ouvir isso ... rsrs. Nesse sentido, não me deterei aqui apenas aos argumentos de mesa de bar, e irei propor um critério para me fundamentar em relação a esse posicionamento.

Na minha opinião, um sujeito para receber tal rótulo precisa estar dentro de alguns requisitos. São eles:

1 – Ter um nível de qualidade musical considerável, que seja de modo geral respeitado como tal (esse é o aspecto mais subjetivo).

2 – Produzir uma música que represente a cultura do país, seja na estética ou nas letras.

3 – Ter uma representatividade ampla no país, não se restringindo a culturas locais (de certas regiões).

Dessa forma, pode-se observar 2 coisas. 1º Não é nada fácil se adequar a esses requisitos, e 2º Ser Rei não significa de forma alguma ser o melhor.

Nesse sentido, seguindo os requisitos citados, Roberto Carlos pode até atender ao primeiro e ultimo, mas ao segundo de forma alguma. O mesmo desde o início da carreira produz uma música que não tem enraizamento cultural brasileiro. Começou na década de 60 no movimento Jovem Guarda, fazendo um rock ‘n’ roll esteticamente copiado do rock inglês e americano, inclusive foi um movimento em que se fazia muitas versões de músicas de bandas inglesas, sobretudo Beatles. As letras falavam de amor e de cotidiano, mas de uma maneira desenraizada, sem produzir uma identidade com a cultura nacional. Eram músicas voltadas ao entretenimento, bastante comerciais e de aderência bastante ampla. Com o passar do tempo, Roberto Carlos se transformou em um cantor romântico, mas continuou produzindo música com representatividade nacional bastante rarefeita.

Não há nada na música de Roberto Carlos que se possa dizer: “Isso é Brasil!”, então porque rotular esse cantor como Rei da música brasileira?

Não estou tirando os méritos do cantor, acho que ele foi um cara que soube “barganhar” com o mercado de certa forma, produzir músicas comerciais sem cair na total vulgaridade estética. Apenas acho que o mesmo não representa nosso país. Quanto a seu sucesso fenomenal, é bom lembrar que ele fez parte de um movimento de cunho não político em uma época de ditadura, na qual vários artistas estavam produzindo músicas politizadas e de encontro ao sistema. Então a Jovem Guarda foi um movimento que teve portas escancaradas na mídia e em qualquer lugar, o que facilitou bastante na popularização. Não que eu ache que a música politizada é melhor que a que não é, falo isso apenas para tratar de fama, oportunidades e popularidade.

De acordo com esses critérios, Roberto Carlos está muito longe de ser o Rei de nossa música. Quem é nosso Rei então? Não sei ... complicado definir, e a perspectiva do texto não é essa. Talvez um sambista, ou alguém da Bossa Nova ... pensei em Luiz Gonzaga, mas sua música tem representatividade um tanto restrita, ficando mais no âmbito regional. Em relação às letras poderia ser Raul, Cazuza, ou Renato Russo. Enfim ... é muito complicado. A única coisa que sei é que o trono continua desocupado .... a majestade que está ai reina um outro povo, e não o meu!

OBS: Os critérios que utilizei são meus, não existe critério para definir quem deve ou não ser o rei da música de um país. Criei os mesmos por achar coerente sua aplicação.

É isso, concorda com o texto? Comente ou marque em uma das reações abaixo. Se discordar é importante justificar ... e se quer defender alguém enquanto merecedor do rótulo de Rei da música brasileira, poste ai sua defesa! Fui ...